Omar Aziz aponta que “O governo brasileiro prevaricou. E não foi uma pessoa, foram várias”

BRASIL| O senador Omar Aziz (PSD-AM) que está à frente da CPI da Covid, em entrevista a Rádio Gaúcha, nesta segunda-feira (04/10), falou sobre a reta final da comissão parlamentar que visa investigar irresponsabilidades frente a pandemia no Brasil.

Para o senador Aziz, o relatório não será engavetado, ou seja, a comissão não terminará sem culpados. “Porque ninguém engaveta 600 mil vidas como nós perdemos no Brasil até o momento”, aponta o senador.

Omar Aziz, na semana passada já havia informado que a CPI da Covid estava chegando ao fim e marcou a votação do relatório final para o próximo dia 20. O parecer do relator, Renan Calheiros (MDB-AL), deve enquadrar o presidente Jair Bolsonaro e integrantes do governo por atos e omissões na pandemia do coronavírus.

A palavra “estarrecedora” foi a definição que senador Aziz classificou a forma como o governo federal, por meio de Bolsonaro concluiu o combate do vírus no Brasil. Citou ainda a defesa do chefe executivo no tratamento precoce com o kit covid. “O governo brasileiro prevaricou E não foi uma pessoa, foram várias”, disse.

O presidente da comissão revelou também estar preocupado com o futuro da pandemia no país, principalmente com relação à aplicação da terceira dose dos imunizantes. Segundo ele, o “governo tem que se mexer”, e o planejamento do Ministério da Saúde para 2022 também será abordado no relatório final.

“A CPI fez avançar a vacinação. Fez as pessoas descobrirem que o tratamento precoce pode matar. Descobriu e mostrou que imunização de rebanho é crime contra a humanidade”, disse Aziz.

O senador comentou ainda, sobre a negociação das vacinas pelo governo. Como exemplo os e-mails rejeitados da Pfizer. Esse episódio foi o que mais gerou revolta no senador, ele aponta.

“O Brasil foi o único país que usou intermediário para negociar vacina” disse Aziz.

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