O senador Omar Aziz (PSD) durante uma entrevista para um programa local, foi questionado sobre os ataques que vem recebendo nominalmente do pré-candidato do presidente Bolsonaro (PL) no Amazonas ao Senado Federal, Coronel Alfredo Menezes (sem partido). Omar disparou: “é um lambe-botas”.
“Eu acho que isso infelizmente é uma política que não leva a lugar nenhum. Se destruir um ao outro construísse alguma coisa, eu acho que nós já teríamos construído muita coisa. Aí você numa questão de conteúdo. A forma de agredir é muito mais fácil quando você perde o argumento. Eu tenho muito mais o que fazer. Eu estou vendo a dificuldade que o Estado está tendo. Muita gente desempregada, pessoas passando necessidade, pessoas que não tem dinheiro pra pagar o gás, conta de energia cara. Então eu tenho muito mais o que fazer do que dá ouvido pra lambe-botas. Coronel lambendo botas então, só aqui no Amazonas”, declarou Omar Aziz.
O senador salientou que suas divergências com o presidente Bolsonaro são sobre questões políticas e não pessoais, por conta de atitudes, principalmente ligadas a pandemia da Covid-19.
“O meu debate com o presidente não é pessoal, eu divirjo em algumas atitudes, principalmente durante a pandemia, muitas vezes afrontando essa doença. Ele imitou uma pessoa sem ar, e isso aconteceu com pessoas que conhecíamos. Ou é de desconhecimento? O presidente da República faz um vídeo, fazendo gesto sufocando, faltando o ar. Quando eu saio em defesa de uma familiar que perdeu uma pessoa da família que morreu por causa da falta de oxigênio, não estou indo para o lado pessoal, estou indo pelo tipo de comportamento. Nunca se solidarizou com as pessoas que perderam familiares”, afirmou.
Marcelo Ramos, desde que confirmou sua saída do Partido Liberal (PL) que recentemente recebeu Bolsonaro, tem sido apontado como aliado de Omar Aziz. Marcelo é crítico ferrenho do presidente da República e recebe apoio de Aziz.
“O deputado Marcelo Ramos é vice-presidente da Câmara no Congresso. É um político em ascensão no Amazonas. É um quadro que tem conteúdo. Você vê que ele é muito procurado a dar entrevistas mas ele nunca fala besteiras. Tecnicamente ele debate, é muito respeitado na Câmara. Respeitado pelos senadores pela postura e conduta dele. Ele tem divergências políticas do ponto de vista político, não pessoal. Pessoal ninguém pode ter, não é porque o vizinho que mora do meu lado não vota em mim que ele não presta. Ramos é um quadro importante dentro do Estado do Amazonas. Tenho uma relação muito próxima dele. Eu o aceitaria no meu partido se assim ele desejasse e quisesse”, declarou o líder do PSD.
