Amazonas – Na última semana, o TCE-AM (Tribunal de Contas do Estado do Amazonas) decidiu que o coordenador da SEMED (Secretaria Municipal de Educação), o ex-deputado Pauderney Avelino preste esclarecimentos no prazo de 15 dias em relação aos contratos firmados na secretaria. Na decisão, o conselheiro Érico Desterro solicita ainda informações mais detalhadas sobre os prazos contratuais e as previsões de encerramento.
A decisão se iniciou após a advogada Júlia Gabriela Trindade de Mel entrar com pedido de medida cautelar contra o titular da SEMED. No documento enviado pela advogada ao TCE-AM, é relatado possíveis ações que vão contra à lei de licitações, que dita regras e normas para licitações e contratos firmados pela gestão pública.
“Por todo exposto e diante dos fatos relatados de forma genérica na exordial, insta-se verificar a impossibilidade da concessão da medida cautelar, mas cabe a este Relator a apuração de possíveis impropriedades na Administração Pública”, disse o conselheiro no despacho.
Atual titular da SEMED já foi citado em conversas de investigados da Operação Lava Jato
Em 2016, gravações do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, delator da Operação Lava Jato, mostra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), numa conversa em fevereiro daquele mesmo ano orientando uma pessoa identificada como Vanderbergue, suposto representante de Delcídio do Amaral sobre como defender o então senador no Conselho de Ética.
Repare que naquele ano, dois nomes considerados como “peixes grandes” dentro da operação que foca devidamente em políticos corruptos, o nome do titular da SEMED consta como o “mais corrupto” dentro todo o esquema, mas ao que tudo indica, Pauderney de alguma forma conseguiu “se limpar”.
A advogada que entrou com o processo contra o Pauderney, pediu para que o TCE-AM investigasse com mais rapidez a situação do parlamentar.
Imagens: TV GLOBO
Veja os despachos:
