Políticos que disseram ser contra o lockdown em Manaus se calam perante o caos na saúde do AM

Amazonas – Políticos influentes no Estado e que saíram derrotados do último pleito eleitoral, carregam grande parcela de culpa pelo sistema de saúde no Amazonas estar colapsado. Isso porque durante o mês de dezembro de 2020, políticos como Coronel Menezes, Josué Neto, Wilker Barreto, Delegado Péricles, Chico Preto e Eduardo Braga fizeram publicações em suas redes sociais estimulando movimentos contra o ‘lockdown’ na capital.

Os nomes citados citaram na internet que eram contra o fechamento do comércio não essencial em Manaus, se calam e se omitem ao ver o Estado do Amazonas batendo recordes em número de mortes e de casos confirmados diários. Os sistema de saúde do Estado, tanto da rede pública quanto da rede privada estão atingindo suas capacidades máximas de internações por pacientes com Covid-19.

Os grandes hospitais de Manaus estão sem oxigênio suficiente para atender a alta demanda de pacientes internados. Pessoas estão morrendo por falta de oxigênio. Relatos obtidos pela reportagem são conta que algumas unidades hospitalares, estão dividindo 1 cilindro para 5 pacientes, e em contagem regressiva para a escassez.

Veja as publicações:

Entenda o caso

Na manhã do sábado (26/12), as ruas de Manaus (AM) amanheceram lotadas por moradores que protestavam contra o fechamento do comércio na cidade.

A regra foi definida pelo decreto estadual nº 43.234, publicado no dia 23/12, e é uma das medidas de enfrentamento à Covid-19 que o governo adotou naquele período.

A medida proibia, por 15 dias, a abertura de serviços não essenciais. Shoppings, bares, boates, casas de shows e de eventos, feiras de artesanato, parques de diversão e comércio ambulante são algumas das atividades não autorizadas.

Revoltados com a medida, manifestantes foram às ruas protestar contra o fechamento do comércio.

Em um dos vídeos que circularam nas redes sociais, é possível ver um manifestante questionando o governador Wilson Lima (PSC) sobre o fechamento do comércio. “São mais de 4 mil pessoas que trabalham no centro de Manaus. Vão passar fome. ‘Tu’ vai pagar conta de todo mundo? ‘Tu’ vai dar uma cesta básica no valor de R$ 1 mil para cada um?”, questiona.

Agora, o Amazonas pede socorro com falta de oxigênio, hospitais lotados e gente morrendo todo dia. Os grupos que articularam as manifestações nas últimas semanas de 2020 se calam mediante ao caos que se instalou em nosso Estado.