Roberto Jefferson vai a júri popular por tentativa de homicídio de agentes da PF

O ex-deputado federal Roberto Jefferson será julgado pelo Tribunal do Júri por quatro tentativas de homicídio contra policiais federais, em outubro de 2022. A decisão desta quarta-feira (13) é da juíza federal Abby Ilharco, da Justiça Federal do Rio de Janeiro. No ano passado, Jefferson jogou três granadas e atirou cerca de 60 vezes com uma carabina na direção de agentes da Polícia Federal que tentavam cumprir uma ordem de prisão contra ele na cidade de Comendador Levy Gasparian (RJ).

A magistrada destacou a quantidade de tiros efetuados contra os agentes e que Jefferson sabia do risco de morte. A defesa do ex-deputado declarou ao R7 que vai se pronunciar apenas nos autos do processo. Depois do ataque contra os policiais, Jefferson gravou um vídeo, divulgado na internet, em que exibe a viatura policial alvejada por diversos disparos, além de uma poça de sangue próxima ao veículo.

O ex-parlamentar deve ficar detido até a conclusão do julgamento. Atualmente, Jefferson está internado em um hospital particular do Rio de Janeiro com autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Além de quatro tentativas de homicídio qualificado, os procuradores da República pediram a condenação do ex-deputado por dano qualificado, resistência armada, posse irregular de arma de fogo de uso permitido e posse ilegal de arma de fogo de uso restrito, além de posse de artefatos explosivos sem autorização e adulterados.

A juíza aceitou os pedidos em parte. Ela rejeitou a denúncia do MPF por dano qualificado. “Não há nenhuma referência na denúncia ao propósito autônomo do réu de destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia, mas somente ao de atirar na direção dos agentes policiais — hipótese em que o dano seria a princípio um resultado diverso do pretendido ou restaria absorvido como crime meio, aplicando-se o princípio da consunção”, justificou na sentença. R7.