#Tbt: ‘safado’ e ‘bandido’, Ronaldo Caiado chama Eduardo Braga para briga; veja o vídeo

Em outubro de 2015, aos gritos de “safado”, “bandido” e outras ofensas, o senador goiano Ronaldo Caiado (DEM-GO), chamou para a briga  Eduardo Braga, que à época era ministro de Minas e Energia. A confusão aconteceu durante uma audiência da Comissão Mista de Mudanças Climáticas no Congresso Nacional, no dia 29.10.1015.

Ronaldo Caiado (DEM-GO) cogitava virar presidente da República e revoltado, chegou a chamar o ministro para “resolver a questão” fora do plenário onde ocorria a reunião no Senado.

O destempero na reunião aconteceu logo após Caiado fazer um questionamento e cobrar a atenção de Braga sobre a renovação das concessões das distribuidoras e os planos de venda da Celg Distribuidora pela Eletrobras. Na ocasião, Eduardo olhava o celular. Braga ainda tentou se desculpar por ter se virado de lado, mesmo assim, Caiado se mostrou indignado. O senador do DEM levantou-se e foi em direção à mesa dizendo que estava sendo desrespeitado.

veja o vídeo:

Eduardo Braga em tom sarcástico retrucou “Vossa Excelência deveria ficar calmo, está muito nervoso. Vossa Excelência está desequilibrado”, disse Braga, enquanto Caiado o chamava de “bandido” e “safado”. O ministro revidou “Safado é Vossa Excelência, me respeite. Bandido é você”, completou o ministro.

Os parlamentares que estavam presentes no plenário comentavam entre si, que Eduardo Braga não chegou a se levantar da cadeira enquanto o senador era contido pelos demais, porque supostamente é um “frouxo”.

Caiado explicou que o seu ato de fúria estava relacionado com a privatização da Celg- D (Distribuidora de energia de Goiás), a principal pauta do dia, mas que Braga não estava dando atenção, pois, já teria, deliberadamente, decidido pela privatização.

À época, órgãos como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDS), assim como, entidades do setor privado, movimentos sociais diversos, centrais sindicais e entidades da sociedade civil  contestavam a privatização da distribuidora de energia elétrica e buscavam medidas para reverter o ato.

Braga chegou a ser acusado de agir com base em interesses pessoais e supostamente estaria recebendo propina para favorecer a privatização. O ministro se defendeu das acusações, afirmando que a companhia acumulava  prejuízo da ordem de R$ 1,1 bilhão por ano, além de um grande desequilíbrio financeiro de sua operação. O governo inclusive incluiu na Medida Provisória 677 uma medida para equalizar a dívida em dólares da companhia com a usina de Itaipu.

Em meio às polêmicas, o ministro defendeu a renovação das concessões de 42 distribuidoras de eletricidade, outro ponto que havia sido atacado pelo senador goiano em contraponto à venda da Celg. “A medida foi aprovada pelo pleno do Tribunal de Contas da União e os contratos só não foram assinados ainda porque estamos seguindo o rito normal”, acrescentou.

Ainda em sua própria defesa, Braga disse que, no momento da reunião, onde foi acusado de estar olhando para o celular, ele estaria verificando o preço do barril de petróleo para responder a uma pergunta dos parlamentares, quando Caiado começou a agredi-lo de forma desrespeitosa. “Agora o senhor vai me ouvir. Talvez não seja tão corajoso como Vossa Excelência, mas tenho o costume de enfrentar os meus adversários. Não venha com suas bravatas, seus gritos e desrespeitos porque nunca te tratei dessa forma, mesmo quando Vossa Excelência liderava os movimento mais radicais de Direita no País”, completou.