”Vamos ter que colher assinaturas no braço”, diz Bolsonaro sobre Aliança

Do Msn

O Aliança pelo Brasil pode não ser homologado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até março de 2020, prazo final de filiação para a disputa das eleições municipais. É o que disse apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, nesta quarta-feira (18/12), na saída do Palácio da Alvorada. Sem muitos detalhamentos, disse que, “pelo jeito”, a coleta de assinaturas terá que ser feita “no braço”. 

Em 3 de dezembro, o TSE decidiu como válida a coleta eletrônica de assinaturas. Entretanto, as rubricas só serão aceitas para fins de criação de um partido depois que a Corte estabelecer regras, ou seja, propor uma regulamentação, em julgamento ainda a ser marcado. Até que isso seja feito, apenas assinaturas físicas contarão para a homologação do Aliança até março de 2020. 

O presidente, contudo, demonstrou pessimismo em relação a viabilidade de o partido para o qual pretende se filiar quando estiver oficialmente criado. “Pelo jeito, vamos ter que colher assinaturas no braço. No braço, vai ser difícil fazer para março o partido”, declarou, a um apoiador que o questionou sobre a homologação da legenda. Questionado por uma apoiadora se poderia usar a cadeia de rádio e televisão para fazer a divulgação, ele negou. “Não posso falar. Não posso ir além do que estou fazendo”, declarou.

Nas redes sociais, o Aliança divulgou, na terça (17), que faltam poucas horas para “iniciar os trabalhos”. Em uma mensagem no perfil do Instagram, que conta com 601 mil seguidores, a organização política pede que o apoiador interessado em auxiliar a criação da legenda compartilhe a meta de assinaturas que planeja buscar. No site oficial, a comunicação está focada em auxiliar no processo de desfiliação partidária. O TSE exige que, para a criação de uma legenda, o eleitor não pode estar filiado a algum partido.