Brasil já soma 127 casos suspeitos de intoxicação por metanol, diz ministro da Saúde

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, informou neste sábado (4) que o Brasil já contabiliza 127 casos suspeitos de intoxicação por metanol, substância tóxica utilizada na adulteração de bebidas alcoólicas. O número representa um aumento em relação ao balanço divulgado na noite de sexta-feira (3), que registrava 113 casos.

Segundo Padilha, o crescimento se deve a novas notificações clínicas, sem avanço no número de confirmações laboratoriais. Até o momento, 11 casos foram confirmados por exames.

Entre as notificações, há também 12 óbitos associados à possível intoxicação. Apenas um deles, em São Paulo, foi confirmado. Os demais seguem em investigação: oito em São Paulo, um em Pernambuco, um na Bahia e um em Mato Grosso do Sul.

Padilha atualizou os dados durante agenda oficial em Parnaíba (PI). De acordo com ele, um dos novos registros ocorreu na cidade, onde um paciente foi internado na noite de sexta-feira com sintomas compatíveis com intoxicação por metanol.

O ministro explicou que, até agora, 12 estados notificaram ou comunicaram casos suspeitos ao Ministério da Saúde, mas não detalhou quais.

Ele reforçou a importância da notificação imediata pelos profissionais de saúde, seja da rede pública ou privada.

“Quando o profissional de saúde da rede público-privada faz a notificação imediata, o Centro de Referência de Toxicologia de cada estado fica sabendo desse caso e já dá apoio a esse médico, a esse profissional de saúde, na condução correta desse caso”, afirmou.

Padilha destacou ainda que o procedimento rápido é crucial para garantir tratamento imediato e iniciar a investigação da origem da bebida adulterada.

“Começar a tomar as medidas, seguir o protocolo do Ministério da Saúde, checar se tem acidose metabólica, garantir a hidratação, monitorar a parte cardíaca, começar todas as condutas recomendadas pelo ministério, inclusive o uso do antídoto que é o etanol farmacêutico”, acrescentou.

Além do atendimento médico, a notificação permite que autoridades de segurança pública atuem para identificar os locais de compra e punir os responsáveis pela adulteração.

“Essa notificação inicia o processo para as forças de segurança irem atrás de onde a bebida foi comprada, adquirida, se foi em uma festa, qual bufê forneceu, ou onde foi a aquisição”, explicou o ministro.

A investigação segue em andamento em diversos estados, e o Ministério da Saúde reforça a orientação para que qualquer suspeita seja comunicada de forma imediata.