Pesquisadores chineses conduziram um estudo que mostrou que o novo coronavírus passou por diversas mutações enquanto se disseminava pelo mundo, o que o tornou mais letal em alguns países, como Espanha, Itália e Estados Unidos.
De acordo com os cientistas da Universidade de Zhejiang, na China, foram avaliadas amostras do vírus em 11 pacientes diagnosticados com a Covid-19. O que os estudiosos descobriram é que há pelo menos 30 mutações em comparação ao vírus encontrado no início da epidemia, na China, 19 delas nunca haviam sido vistas antes.
Algumas dessas mutações aumentaram, a capacidade do vírus para invadir células, enquanto outras ajudaram o coronavírus a se multiplicar mais rapidamente no organismo de pessoas infectadas.
As variações mais mortais encontradas pelos pesquisadores eram semelhantes às que se espalharam na própria Zhejiang, na Itália, na Espanha e em Nova York, nos Estados Unidos. Enquanto as mais fracas foram encontradas na cidade de Washington, também nos Estados Unidos, por exemplo.
A equipe do professor Li Lanjuan observou que as cepas mais agressivas criaram até 270 vezes mais carga viral do que o tipo menos potente.
Ao jornal South China Morning Post, os autores da pesquisa afirmaram que “o desenvolvimento de medicamentos e vacinas, embora urgente, precisa levar em consideração o impacto dessas mutações acumuladas para evitar possíveis armadilhas”.
