Variante da Covid-19 do Reino Unido é detectada em Manaus

A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM) notificou, nesta quinta-feira (13), para o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde nacional, a confirmação de um caso positivo de Covid-19 da variante identificada no Reino Unido, conhecida como B.1.1.7, em paciente atendido em unidade da rede pública de saúde em Manaus.

Conforme protocolo de Vigilância Genômica, iniciado no Amazonas desde março de 2020, com o início da pandemia, o Laboratório Central de Saúde Pública do Amazonas encaminhou a amostra do paciente ao Laboratório de Ecologia de Doenças Transmissíveis na Amazônia para realização de sequenciamento genético, que confirmou a identificação da variante identificada no Reino Unido B.1.1.7 do novo coronavírus.

O paciente é um homem de 46 anos, residente no estado São Paulo, não vacinado contra Covid-19 e sem comorbidades, ele esteve em Manaus para prestar serviços em uma empresa do Polo Industrial de Manaus.

No dia 24 de abril, foi atendido em uma unidade da rede pública de saúde, na região centro-oeste de Manaus. Durante o atendimento, foram coletadas amostras para diagnóstico por meio de exame RT-PCR, com resultado detectável para Covid-19. Na unidade de saúde, o homem relatou que os sintomas iniciaram em 22 de abril e que continuou trabalhando normalmente até receber o resultado do exame.

A equipe de investigação epidemiológica da FVS-AM identificou que o paciente esteve em atividade de pesca esportiva enquanto esteve em Manaus, e agora busca descobrir o local e a data da atividade.

Com o diagnóstico, o homem retornou ao hotel onde estava hospedado, afastou-se das atividades profissionais e retornou a São Paulo em 10 de maio. A equipe da FVS-AM, responsável pela investigação do caso, mantem contato com o paciente para monitoramento.

Acompanhamento

Nesta quinta-feira (13), a equipe de FVS-AM esteve no hotel onde o homem ficou hospedado em Manaus. Foram coletadas 12 amostras de secreção de nasofaringe para diagnóstico, por meio de exame RT-PCR, de contatos próximos ao paciente. As amostras foram encaminhadas à Fundação Oswaldo Cruz: Instituto Leônidas e Maria Deane (Fiocruz Amazônia). O resultado constatou que nenhum profissional da empresa, que o paciente entrou em contato durante o serviço, apresentou sintomas gripais no período no qual o profissional esteve na empresa. Não foi constatado, ainda, afastamento de profissionais no período de 10 de abril até esta quinta-feira (13).

Também foram realizadas orientações para a empresa quanto à adoção de protocolos para testagem dos profissionais terceirizados vindos de outros estados, em 48 horas antes de se apresentarem na empresa. Além disso, foi reforçada a importância do uso de máscara, distanciamento social, higiene das mãos e afastamento em caso de sintomas gripais.