Estados devem receber vacinas para concluir vacinação dos profissionais da educação

Em até 48 horas, os estados e o Distrito Federal vão receber 7 milhões de doses de três vacinas contra a Covid-19 para concluírem a vacinação dos profissionais da educação. Os últimos a serem beneficiados são os trabalhadores do ensino superior. Além disso, a pasta também enviará quantitativos para 30% de funcionários dos transportes coletivo e rodoviário. Os imunizastes são Coronavac, do Butantan, com intervalo entre as duas doses de 4 semanas; Pfizer, com reforço em 12 semanas; Janssen, que é de dose única.

As decisões para definição dos grupos prioritários e os rumos do Plano Nacional de imunização são feitas em conjunto entre o Ministério da Saúde, o CONASS (Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde) e o CONASEMS (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde). São as reuniões da tripartite (Comissão de Intergestores Tripartite), que juntam os três âmbitos: federal, estadual e municipal.

Porém, se os estados e os municípios, que têm independência, mudarem as estratégias, como está acontecendo com a vacinação de pessoas sem comorbidade entre 60 e 18 anos, há o risco de desabastecimento.

Vacinação por idade sem comorbidade

Há duas semanas, o Ministério da Saúde recomendou a vacinação de pessoas sem comorbidades entre 60 e 18 anos, de forma decrescente, mas, só no caso de os estados já terem concluído a imunização dos professores e de boa parte dos outros grupos prioritários.

Divisões do novo lote

Nesse novo lote de 7 milhões de doses que a pasta distribuirá a partir de hoje, por exemplo, não há referência para vacinação de pessoas sem comorbidades ou para dose de reforço (D2). As orientações são as seguintes: as 1,5 milhão de doses da Janssen são para 4,7% de pessoas com comorbidade e deficiência permanente.

Já as 2,3 milhões da Pfizer são para a primeira dose (D1) de: 7,15% de pessoas com comorbidade, gestantes e puérperas com comorbidade, e pessoas com deficiência permanente; e 17% de trabalhadores da saúde.

No caso da Coronavac, os 3,2 milhões são para a primeira dose (D1) de: 100% dos profissionais do ensino superior; 30% de trabalhadores dos transportes coletivo e rodoviário; 16% de trabalhadores do ensino básico; e 6% das forças de segurança e salvamento e Forças Armadas.

Ou seja, se os governadores usarem esses lotes para outros grupos, senão os previstos, vai haver desabastecimento.