Medicamentos podem ficar mais caros a partir de 1º de abril

Cerca de 13 mil medicamentos podem ficar mais caros a partir da publicação do reajuste anual de preços, definido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), presidida pelo Ministério da Saúde.

A regulação atualiza a tabela de Preços Máximos ao Consumidor (PMC) e,deverá ser realizada até o próximo dia 31 de março, segundo confirmação da Anvisa. Independentemente do percentual de reajuste que venha a ser definido pelo Governo Federal, a orientação aos consumidores continua sendo a de pesquisar para se garantir o melhor preço.

O percentual que deverá incidir sobre os medicamentos ainda não foi publicado pelo Governo Federal no Diário Oficial da União (DOU). Ainda assim, o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma) projeta, com base na fórmula de cálculo da CMED, que o reajuste médio deva ficar em torno de 4,08%.

O Sidusfarma explica que, apesar da previsão, o reajuste não será sentido pelos consumidores imediatamente após o dia da publicação, visto que a medida não acarreta aumentos automáticos nem imediatos nas farmácias e drogarias.

Ao considerar que medicamentos com o mesmo princípio ativo e para o tratamento da mesma doença são oferecidos por diferentes fabricantes e em milhares de pontos de venda ao redor do país, o Sindusfarma aponta que a aplicação do reajuste pode depender de fatores como a própria reposição de estoques de cada estabelecimento e de questões referentes à concorrência, possibilitando que o aumento nos preços possa demorar até meses para acontecer em alguns estabelecimentos ou em determinados tipos de medicamentos. “É importante o consumidor pesquisar nas farmácias e drogarias as melhores ofertas dos medicamentos prescritos”, recomenda o sindicato.

A Anvisa informou, por meio de nota, que ainda não há definição do índice para este ano, mas confirmou que “o reajuste está mantido para este mês, em acordo com a regulamentação do setor”.

De acordo com o Sindusfarma, em 2019 o reajuste autorizado pelo Governo Federal ficou em 4,33%, porém, a inflação de medicamentos no ano em questão foi de apenas 2,84%, ficando abaixo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) geral de 4,31%. “Isto ocorreu porque a indústria farmacêutica manteve preços e não repassou o reajuste integral autorizado pelo governo, de 4,33%, devido à forte concorrência entre as empresas do setor e à oferta de inúmeros produtos para tratamento da mesma enfermidade”, afirma o sindicato.