Um brasileira que mora nos Estados Unidos há 13 anos, ganhou notoriedade por ajudar uma criança vítima de abusos. Flaviane Carvalho acionou a polícia, após ver uma cena suspeita no restaurante onde trabalha, em Orlando, ao perceber que um menino de 11 anos, sofria agressões por parte da mãe e do padrasto.
A brasileira passou a receber cartas e até visitas de pessoas que queriam simplesmente elogiá-la por sua coragem. Ela também recebeu doações que somam 40 mil dólares (R$ 217 mil).
Tudo aconteceu quando Flaviane estava em um dia normal de trabalho no restaurante Mrs Potato, quando viu um garotinho com a família e vários detalhes chamaram sua atenção: quando a família da criança chegou, sentou em uma mesa, mas o menino ficou isolado em um canto sem que alguém oferecesse comida para ele.
Segundo Flaviane o menino parecia muito triste. Estava quieto, calado, cabisbaixo e não falava com ninguém. Também parecia meio perdido. “Sabia que algo estava errado, mas não tinha nenhuma noção da gravidade” , relatou a brasileira em uma entrevista sobre o caso.
Foi então, que a brasileira, que trabalha como gerente do Mrs Potato, começou a se comunicar com o menino e descobriu que ele precisava de ajuda. Flaviane acionou a polícia. De acordo com a imprensa local, o padrasto do menino foi preso no mesmo dia. Já a mãe foi detida dias depois, em 6 de janeiro.
A polícia investigou o caso e descobriu que o padrasto e a mãe abusavam do menino e também o amarravam com cordas. Além disso, a vítima era espancada e pendurada de cabeça para baixo.
A mãe e o padrasto vão responder por acusações de abuso infantil agravado e negligência infantil.
Flaviane soube que o menino foi enviado para um hospital junto com a irmã caçula dele. Depois, as crianças foram entregues a uma família escolhida pelo governo.
“Pelo que fiquei sabendo, ele está bem, graças a Deus” [Está] Se recuperando e feliz”, disse a brasileira.
Ela afirmou que não sabia que o caso teria tanta repercussão. A respeito do dinheiro que recebeu, Flaviane disse que só tem a agradecer.
“Vai me ajudar muito! Com a pandemia, as coisas ficaram difíceis para todos, e comigo não foi diferente. Então, mais uma vez, só tenho a agradecer.”
