BRUTALIDADE: Menino autista é torturado por 6 horas e teve parte de orelha arrancada

Na noite do último domingo (14) um menino de 8 anos que estava desaparecido, foi encontrado desorientado e com marcas de agressão. A vítima é portadora de autismo e foi encontrada com ferimentos na boca e na cabeça e teve um pedaço da orelha arrancado. O caso aconteceu em Sorocaba, no interior de São Paulo. O menino segue internado no Hospital Regional de Sorocaba.

A família registrou o caso como lesão corporal de natureza grave e encaminhado ao 4º Distrito Policial do município. Para os investigadores, os suspeitos da tortura são Fabrício Ballarini e Ana Luiza Carvalho.

“Ele foi amarrado na boca, amarrado nos braços. Foi torturado. Se quisessem matar ele, matavam, porque ele é uma criança e fizeram para torturar mesmo”, disse a irmã Érica dos Santos.

O garoto relatou que parou para ‘arrumar uma câmera de segurança que estava torta’ quando foi abordado por um homem e uma mulher que o agrediram. De acordo com Érica, o menino contou que os dois eram “muito bravos”.

O menino foi encontrado muito machucado por um morador de rua, que socorreu a criança e conseguiu ajuda para acionar o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).

Os suspeitos

Fabrício Ballarini e Ana Luiza Carvalho estava monitorando o sistema de segurança da casa quando o menino autista apareceu e mexeu na câmera. “O garoto tinha pedido uma caneta para a mãe e saiu de casa, sem a família saber, para procurar caneta e parou na casa do casal. Ele queria corrigir a câmera torta e, neste momento, os agressores saíram da residência e pegaram ele. As coisas horrorosas aconteceram dentro da casa. Durante 6 horas ele foi torturado”, conta a delegada.

Um pedaço de madeira foi usado para agredir a criança na cabeça e pelo corpo. A orelha foi arrancada com um alicate. Com o choro da vítima, ele foi dopado por um remédio usado pela agressora.

Após as seis horas de sofrimento, o casal colocou a criança em um carro e a abandonou em um terreno de um bairro pobre — momento em que o menino, sem esboçar reações, foi encontrado pelo morador de rua.

O casal foi indiciado por tentativa de homicídio qualificado, tortura, posse ilegal de arma, por manter cerca de 30 botijões de gás em casa, por pássaros em cativeiro e jogo de azar, já que na residência havia duas máquinas caça-níquel.