Legislação dos EUA é entrave para que país doe vacinas ao Brasil

Por meio de videoconferência, nesta terça-feira (30), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga em reunião com Todd C. Champman, embaixador do Estados Unidos no Brasil, discutiram sobre a doação de vacinas contra a Covid-19 dos EUA ao Brasil. No entanto, o envio de imunizantes não foi autorizado.

Ainda não se sabe de qual laboratório nem a quantidade de doses que o país norte-americano deve enviar ao Brasil. “Embora nossa primeira prioridade seja garantir o acesso dos norte-americanos às vacinas, estamos enganando ativamente o Brasil em maneiras de ajudar em seus esforços e maximizar o acesso do Brasil às vacinas seguras, eficazes e de qualidade para os brasileiros”, afirmou a embaixada, em nota.

O governo dos EUA e o setor privado norte-americano já doaram mais de U$ 75 milhões para comunidades brasileiras em ações contra a Covid-19.

O encontro também tratou de outras demandas, como de insumos, medicamentos e oxigênio. “Estou muito esperançoso com essa relação com o governo americano”, afirmou. A pasta ministerial informou que o embaixador dos Estados Unidos citou a possibilidade de facilitar contato com a indústria norte-americana para ampliar a oferta de oxigênio, caminhões para transporte de cilindros e “kit intubação”.

Marcelo Queiroga também se reuniu virtualmente com o assessor médico chefe da Casa Branca e diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, Anthony Fauci.

Fauci citou a parceria já existente entre Brasil e EUA em pesquisas clínicas para doenças como zika vírus, junto à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e ressaltou a importância do desenvolvimento científico no combate à Covid-19.