#TBT: Alfredo Menezes levanta suspeitas sobre os R$ 3,2 milhões que adquiriu como Coronel reformado do Exército

Coronel reformado do Exército Brasileiro Alfredo Menezes, é um dos principais articuladores do presidente Jair Bolsonaro no Amazonas. Foi candidato a prefeito de Manaus no último pleito e pretende se candidatar a senador nas próximas eleições em 2021.

Tem como costume para chamar a atenção do público, participar das ‘motociatas’ e qualquer outro evento que configure apoio ao chefe do executivo em Manaus, mesmo embora, na última, que ocorreu na cidade, Menezes tenha sido impedido pelo segurança de se aproximar de Bolsonaro. O que levantou suspeitas sobre esse “apoio” que diz ter do presidente.

Apesar de discreto, Menezes possui um padrão (caro) de vida, que chega a incomodar, ou melhor, levantar suspeitas. Afinal, um coronel reformado do exército brasileiro seria capaz de construir, em aproximadamente 30 anos, um patrimônio de R$ 3,2 milhões?

O questionamento virou pauta nos bastidores da política, desde quando Menezes declarou seu patrimônio no último pleito, ao se candidatar a prefeito de Manaus, onde ficou no 4° lugar entre os mais ricos a concorrer para prefeito.

É conhecimento de todos que uma pessoa que segue a carreira militar pode acumular muitas honrarias, privilégios e benefícios, mas, patrimônio milionário é duvidoso.

O coronel reformado Alfredo Menezes, possui um apartamento de aproximadamente de R$ 772 mil e uma casa no valor de R$ 500 mil, além de outros bens que, juntando tudo, formam um patrimônio de R$ 3,2 milhões, conforme declarado à Justiça Eleitoral, em 2020. Além disso, declarou também, possuir 5 apartamentos de luxo em Manaus avaliados em mais de R$ 1 milhão, e mais duas casas no valor de R$ 920 mil, além de valor na poupança, aplicações, e dinheiro no exterior somando um montante de R$ 662 mil.

Uma fortuna que não passou despercebida, por exemplo, pelo deputado Marcelo Ramos (PL), que desconfiou de possível enriquecimento ilícito e viu indícios de corrupção na gestão de Menezes, enquanto superintendente da Suframa em 2020 que durou apenas um ano e três meses.

A pressão política da parte da bancada federal do Amazonas, comandada pelo senador Omar Aziz (PSD) foi tão grande em cima de Menezes que provocou a saída do coronel da superintendência da Zona Franca de Manaus.

A passagem do militar pelo cargo foi cercada de muita polêmica. O Ministério Público Federal (MPF) chegou a instaurar procedimento para apurar denúncia de improbidade administrativa na Superintendência da Zona Franca de Manaus.

A medida foi adotada após o deputado federal Marcelo Ramos (PL) apresentar denúncia de contratação sem licitação feita pelo superintendente da Suframa, coronel Alfredo Menezes. O parlamentar acusa o presidente da autarquia de contratar irregularmente uma empresa para serviços de manutenção.

Ramos apontou indícios de corrupção e direcionamento de negócios por conta de um contrato milionário ilegal, no valor de R$ 3,6 milhões, junto à Construtora Brilhante, cujo proprietário era amigo pessoal do coronel, que também foi alvo de suspeitas.

Menezes também protagonizou revolta em muitos parlamentares e na população em geral, por ter conseguido gastar mais de 200 mil em viagens e diárias de hotéis durante sua estadia como gestor da autarquia.