Vacina da Janssen chegará ao Brasil perto do prazo de validade e deve ser destinada às capitais

Um comunicado feito nesta terça-feira (8) pelo Ministério da Saúde, informou que as 3 milhões de doses da vacina da Janssen (Johnson & Johnson) que vão chegar ao Brasil ainda neste mês têm prazo de validade até 27 de junho e precisam ser aplicadas impreterivelmente até esta data.

Apesar das doses desembarcarem na terça (15) no Brasil, a informação preocupou os gestores.

O prazo curto entre a chegada do imunizante e a aplicação lança um desafio logístico de grandes proporções, em que os municípios e estados terão pouco tempo para receber e distribuir.

O curto prazo gera tensão e exige remanejamentos para colocar a nova vacina na rede de forma imediata. Alguns gestores manifestaram contrariedade com as condições em que terão que trabalhar.

O Ministério da Saúde confirma o prazo de validade da vacina, mas afirma que está montando uma estratégia que permitirá a aplicação imediata das doses.

As vacinas serão distribuídas primeiramente apenas às capitais – o que já estava sendo feito com a Pfizer, que exigia um esquema especial de manutenção a baixas temperaturas.

Entre as ações está uma ampla campanha de utilidade pública incentivando as pessoas a procurarem os postos de saúde.

A pasta afirma ainda que o país tem capacidade de aplicar até 2,4 milhões de doses de vacinas por dia, e que em poucas horas as da Janssen estarão nos braços de 3 milhões de brasileiros.

A vacina fabricada pela Johnson & Johnson tem eficácia de 85% na prevenção de casos graves e oferece proteção completa contra hospitalização e morte por Covid-19, segundo estudo divulgado em janeiro.

Ela tem a vantagem de ser aplicada em uma única dose, facilitando a imunização coletiva.

É a primeira vacina em dose única em estágios avançados de pesquisa e pode ser armazenada em geladeira.