Após emenda de Alberto Neto, Casa da Mulher vai acolher vítimas de violência em Tefé, no AM

O município Tefé (distante 522 km de Manaus) terá a implantação de uma Casa da Mulher Brasileira, que visa o atendimento especializado de vítimas de violência. O projeto foi contemplado com uma destinação de verba por Emenda do deputado federal Capitão Alberto Neto (Republicanos/AM).

O projeto faz parte de um programa lançado para dar suporte especializado e humanizado às mulheres vítimas de violência com assistência jurídica, psicossocial e capacitação profissional das mulheres. A Casa funcionará por meio de uma parceria entre Delegacia da Mulher, Defensoria Pública, Justiça e outros órgãos. O local terá ainda alojamento e brinquedoteca.

“Diariamente vemos casos de feminicídios, que se iniciam com agressões físicas e verbais dentro de casa. As vítimas, muitas com filhos, não conseguem se libertar por falta de assistência. Precisamos mudar essa realidade, oferecendo às mulheres a oportunidade de escreverem uma nova história para suas vidas. A Casa da Mulher Brasileira é fundamental nessa rede de apoio e combate à violência contra mulher no nosso país”, disse Neto.

Violência em Tefé

A Prefeitura de Tefé já conta com um serviço de atenção às vítimas. Mas, com a implantação da Casa será possível oferecer um atendimento completo e especializado. Centro de Referência de Atendimento à Mulher oferece auxílio jurídico e psicossocial para as vítimas.

De acordo com a coordenadora do centro, Elizangela Pacheco, a Casa da Mulher que será implantada em parceria com a Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania (Sejusc) será a oportunidade de mudança de vida para muitas vítimas.

“Nós recebemos as mulheres encaminhadas pela delegacia no Centro mas não temos um abrigo, como a Casa terá, e nós sabemos que muitas mulheres não conseguem acabar com a violência sofrida porque dependem dos companheiros agressores”, disse.

O centro registrou, entre os meses de janeiro a junho de 2019, 151 casos de violência contra mulheres, 11 estupros e dois feminicídios. O número é crescente. Durante o ano de 2018, foram 137 casos de violência doméstica e 26 estupros registrados no município.

“Aqui os casos são cada vez mais frequentes. Na maioria das vezes as mulheres não tem coragem de denunciar porque são dependentes emocionalmente e financeiramente dos parceiros, elas não tem lugar para ir com os filhos, não tem um destino certo”, explicou.