Justiça determina que carros alegóricos das escolas de samba sejam escoltadas para evitar acidentes

As escolas de samba do Rio de Janeiro terão que escoltar os carros alegóricos do Sambódromo até os barracões para evitar imprevistos. A decisão foi tomada depois que uma criança de 11 anos morreu em um acidente envolvendo uma alegoria da escola “Em Cima da Hora”, após o desfile da agremiação, na noite de quarta-feira (20).

O carro já tinha deixado o Sambódromo quando, segundo a Liga das Escolas de Samba do Rio (Liga RJ), responsável pelos desfiles da Série Ouro (segunda divisão do carnaval carioca), a menina subiu na alegoria, ocasionando o acidente.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde do Rio, Raquel Antunes, de 11 anos, foi internada no Hospital Souza Aguiar, onde precisou amputar uma das pernas devido a graves lesões. No entanto, a criança não resistiu e faleceu.

O pedido para a escolta foi feito pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). O juízo da 1ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso do Rio determinou que todas as escolas da Série Ouro, do Grupo Especial e das escolas de samba mirins terão que garantir que nenhuma criança ou adolescente se aproxime indevidamente das alegorias.

A Justiça também determinou que a Polícia Militar coloque viaturas e a Guarda Municipal faça patrulhamento a pé na rua Frei Caneca e em outras vias do entorno do Sambódromo onde circulam as alegorias depois dos desfiles.