Mãe e filha dividem conta no OnlyFans: ‘Brincamos com a mente das pessoas’

Em outubro do ano passado, Fernanda e sua filha Camila decidiram começar a subir conteúdo sensual no OnlyFans, plataforma que funciona como uma espécie de “Instagram para maiores de 18” por assinatura. Cinco meses depois, mãe e filha celebram os resultados. “A gente tá muito feliz com o retorno financeiro. A Camila até investiu no corpo dela, turbinou os seios e tudo o mais. Tá muito feliz por isso e cheia de sonhos. É divertido e, por mais que tenha um certo limite, a gente se entrega”, conta Fernanda Oliveira.

A ideia surgiu dos fãs que as seguem no YouTube, onde há quatro anos começaram a publicar vídeos juntas, e já têm quase meio milhão de seguidores. “A gente começou a saber sobre o OnlyFans através dos comentários dos nossos vídeos. As pessoas ficavam sugerindo que a gente tivesse uma conta lá. Só que a gente pensava que era uma coisa mais pesada, mais para o lado do pornográfico mesmo. O tempo foi passando, a Camila fez 18 anos, a plataforma viralizou e pessoas conhecidas foram criando suas contas, como a Anitta e outras famosas, como a Mc Mirella”, revela Fernanda.

“Todas as coisas que a gente faz no OnlyFans são como se fôssemos personagens, é tudo simulação. A gente se esforça bastante pra parecer real e brincar com a mente das pessoas. Elas gostam disso”, apimenta Camila. Em outras redes, como Instagram e TikTok, mãe e filha, criadoras do blog “Mala Pink”, somam mais de 100 mil fãs. Além do carisma, um dos trunfos da dupla é o jeito despojado de falar sobre assuntos que podem soar como “polêmicos” pra muita gente.

Um dos vídeos a que Fernanda se refere é o “Qual é seu tamanho?”, um dos mais assistidos, com mais de 5 milhões de visualizações no YouTube. “O intuito era falar que o tamanho do pênis não importa e tirar um pouco essa preocupação dos seguidores, não era pra ficarem comentando quantos centímetros têm”, desabafa.

Tudo começou no Youtube “Eu viajava muito a trabalho, então no começo era um canal de viagens. Daí o nome, ‘Mala Pink’, por causa da cor da minha mala. Depois parei de viajar e começamos a fazer vídeos aleatórios com brincadeiras, trends e assuntos mais polêmicos, porque a gente viu que a galera curtia disso. Sou uma mãe de mente aberta, e a galera jovem gosta”, explica a Fernanda.

Camila conta que na época, por volta dos 14 anos, era tímida e ficava um pouco envergonhada em dividir com o público alguns assuntos íntimos, como o primeiro beijo. “Tinha muita gente que gostava, principalmente as meninas, que não têm essa intimidade com a mãe. Mas também havia muitas críticas, muitos julgamentos. Lembro que, na época, as pessoas falavam que eu iria engravidar cedo, só porque a gente falava sobre esses temas. As pessoas me criticavam pra caramba, criticavam a minha mãe pra caramba, mas com o tempo a gente foi se acostumando. A gente sabe que infelizmente não agrada todo mundo”, diz a estudante, que hoje tem 18 anos.

Para Camila, a fama na internet e o reconhecimento por outras garotas de sua idade fez com que todo o esforço valesse a pena. “Muitas meninas meio que se espelhavam em mim, me viam como uma inspiração, e eu gostava muito disso. As pessoas reconheciam na rua, paravam pra tirar foto.

Para Fernanda, que sempre falou com naturalidade sobre sexo com as amigas, a exposição nas redes passou a ser uma extensão de sua vida.