Medicamentos para intubação podem faltar em 1.316 cidades brasileiras

A Confederação Nacional de Municípios (CNM), após contato com 2,6 mil prefeituras entre os dias 23 e 25 de março, emitiu um alerta de que os medicamentos para intubação de pacientes com a Covid-19 podem faltar em 1.316 municípios do Brasil nos próximos dias.

Os dados demonstram que “há grande preocupação dos gestores para atender aos pacientes internados com Covid-19 nos hospitais”. Medicamentos como analgésicos e bloqueadores neuromusculares estão em falta em todo o país, o que compromete o atendimento de pacientes já internados com a Covid-19.

O alerta já havia sido dado pelo Fórum Nacional de Governadores, que 18 Estados relatam a escassez, por exemplo, de bloqueadores neuromusculares, usados para a intubação de pacientes nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).

Diante dessa escassez o atendimento aos clientes já está prejudicado. A Santa Casa de São Carlos, por exemplo, chegou a parar de receber pacientes para UTI nesta quinta-feira (25) por estar com estoque de medicamentos perto do fim. O hospital está com os seus 30 leitos da UTI para pacientes com Covid-19 ocupados e não recebeu as três reposições de medicamentos previstas para esta semana.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou na semana passada, medidas para evitar o desabastecimento de medicamentos, simplificando os processos de importação de dispositivos médicos e de medicamentos prioritários para o uso em serviços de saúde.

O problema da falta de medicamentos também afeta hospitais particulares e públicos. No Estado de São Paulo, unidades privadas já se mobilizam para fazer a compra coletiva de medicamentos que compõem o kit intubação.