Do Uol
Um avião da Ukraine International Airlines com 176 pessoas, entre passageiros e tripulantes, caiu às 6h12 de hoje (23h42 de ontem, no horário de Brasília), logo após decolar do aeroporto de Teerã, no Irã, com destino a Kiev, na Ucrânia. A Irna, agência de notícias do Irã, afirma que todos a bordo morreram.
Ainda não se sabe se o episódio tem a ver com a crise militar na qual o país mergulhou desde o assassinato do general Qassim Suleimani semana passada, morto por um drone dirigido pelos EUA.
Hora antes da queda da aeronave, o Irã atacou duas bases norte-americanas no Iraque, país vizinho, como resposta à morte do general.
Em um primeiro momento, a embaixada da Ucrânia no Irã descartou “terrorismo” e apontou falha no motor do Boeing 737 como causa do acidente. Horas depois, emitiu novo comunicado sem mencionar o problema mecânico e disse que ainda investiga os motivos.
Quem eram os passageiros
Citando um porta-voz do Aeroporto Internacional Imã Khomeiny de Teerã, a agência de notícias iraniana relatou que a bordo estavam 167 passageiros e 9 membros da tripulação.
Posteriormente, o ministro de Relações Exteriores, Vadym Prystaiko, confirmou que os passageiros eram de sete nacionalidades:
82 do Irã
63 do Canadá
11 da Ucrânia
10 da Suécia
4 do Afeganistão
3 do Reino Unido
3 da Alemanha.
Queda do avião
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o que seria o momento da queda do avião. É possível ver que há fogo no objeto e depois uma explosão.
A agência Isna, também iraniana, publicou nas redes sociais imagens que seriam do local do acidente.
Por meio do Twitter, a Boeing afirmou estar ciente do acidente e que estava “coletando informações”.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que a “embaixada está a procura de informações sobre as circunstâncias desta tragédia”. A Ukraine International Airlines não emitiu qualquer comunicado sobre o acidente.
Companhias aéreas alteram rotas para evitar Irã
Em virtude do acirramento do conflito entre Irã e EUA, diversas companhias aéreas anunciaram a alteração de rotas de seus voos para evitar o espaço aéreo do Irã. É o caso de:
Air Canada
Air France-KLM
Emirates Flydubai
Lufthansa
Malaysia Airlines
Qantas
Singapore Airline
Taiwan EVA Air.