O dólar sobe frente ao real, nesta quinta-feira, 7, após o Comitê de Política Monetária ter optado por cortar a taxa básica de juro Selic em 75 pontos base, para 3% ao ano, renovando a mínima histórica.
O corte foi além da expectativa média de mercado, que previa uma redução de 50 pontos base.
Às 15h40, o dólar comercial subia 2,1% e era vendido por 5,825 reais. O dólar turismo avançava 2,2%, cotado a 6,06 reais.
Por volta das 11h, o movimento de alta da moeda se intensificou, após o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmar que a economia brasileira “está começando a colapsar” devido ao coronavírus. Na máxima, a moeda americana tocou os 5,872 reais e bateu o recorde intradiário.
“O ponto é que os juros em queda, além de não serem efetivos no combate à crise, estão cobrando um preço alto no câmbio”, afirmou, em nota, André Perfeito, economista-chefe da Necton Investimentos.
“O corte de juros acaba desvalorizando a moeda local. E mais do que isso, eles deixaram em aberto um novo corte de 75 pontos base para a próxima reunião”, afirmou Jefferson Ruik, diretor de câmbio da Correparti. Caso isso ocorra, a mínima histórica da taxa de juro seria renovada para 2,25% ao ano. “Se cortar, o Brasil passa a ter juros reais [que desconta os efeitos inflacionários] negativos, aí o investidor sai do país”, disse.