Homem tem braço amputado por bactéria transmitida através de frutos do mar

Após comer peixe cru em um restaurante sul-coreano, um homem de 71 anos sofreu reações alérgicas graves, que o fizeram ter que amputar mão e antebraço.

De acordo com o Daily Mail , horas depois de consumir a refeição, o idoso sentiu inchaço nos membros superiores e ainda notou o surgimento de bolhas e hematomas.

De acordo com o IFLS, as bolhas e o inchaço vieram acompanhados de dor e febre. Dois dias após o início dos sintomas, ele decidiu ir a um hospital, onde os médicos Jin Park e Chang-Seop Lee o levaram para uma cirurgia emergencial de drenagem.

A análise do fluido removido rapidamente revelou a identidade do agente causador: a Vibrio vulnificus, uma bactéria que vive em ambientes marinhos e está relacionada à bactéria que causa a cólera.

Presente nas águas costeiras quentes e salobras de todo o mundo, o micro-organismo se acumula na carne de crustáceos que se alimentam por filtração. A maioria dos casos de infecção humana estão relacionados ao consumo de ostras cruas.

O homem é hipertenso, portador de diabetes tipo 2, e doente crônico renal – três condições que afetam a integridade dos vasos sanguíneos (particularmente aqueles nas extremidades) e a capacidade do corpo de eliminar os patógenos da corrente sanguínea.

É provável que sua mão tenha desenvolvido lesões hemorrágicas devido a lesão prévia dos tecidos dos vasos naquele local.

Segundo um jornal médico dos Estados Unidos, a taxa de mortalidade para a forma septicêmica da doença é de cerca de 50%, se tiver progredido a ponto de bolhas hemorrágicas. Mesmo com intervenção médica imediata e agressiva – antibióticos intravenosos e remoção de tecido morto – muitos pacientes morrem porque a infecção se transformou em fasceíte necrosante.

Um estudo que revisou os resultados de 38 pessoas com septicemia por V. vulnificus descobriu que a taxa de mortalidade é de 100% para aqueles não tratados dentro de 72 horas do início da infecção.

Felizmente, o paciente atual sobreviveu, mas ficou com sequelas graves:

“Apesar do tratamento, as lesões cutâneas evoluíram para úlceras necróticas profundas e a amputação do antebraço esquerdo foi realizada 25 dias após a apresentação. O paciente evoluiu bem após a cirurgia e teve alta para casa.” – Declarou um dos médicos responsáveis pelo caso.