Luis Garavito, a ‘besta colombiana’ condenado por estuprar e matar pelo menos 193 crianças pode ser solto

Luis Garavito, ou “La Bestia” (A Fera), como ficou conhecido na Colômbia, foi condenado a 1.853 anos de cadeia pelas acusações de estupro, tortura e morte de pelo menos 193 crianças e jovens durante a década de 90.

Porém, a mudança da lei penal em seu país determinou a pena máxima em 40 anos. Como ele ajudou a polícia e encontrar os corpos das vítimas, sua pena foi reduzida para 20 anos, e com isso o maior assassino em série da história moderna pode ser solto no próximo ano, em regime condicional, segundo notícia do site Extra.

As investigações sobre os assassinatos das crianças começaram em 1992, quando foi descoberta uma vala como com corpos de mais de 35 crianças, quase todos meninos. Todos apresentavam sinais de tortura prolongada e agressão sexual.

A caça ao matador em série durou quase uma década e a polícia só chegou a Garavito por um descuido dele, que adormeceu com um cigarro na mão e provocou um incêndio em um dos locais de crime. Ele se queimou e na fuga deixou objetos pessoas para trás, possibilitando sua identificação.

Durante a caça ao serial, a namorada de Garavito entregou à polícia uma mala que ele havia deixado em sua casa, com provas que ajudaram a condená-lo definitivamente. Dentro da mala havia fotos de meninos, um diário onde ele relatava as mortes e algumas lembranças de suas vítimas que ele ainda guardava como troféus.

O serial killer colombiano atacava meninos e adolescentes que viviam nas ruas, em situação de vulnerabilidade, e ganhava a confiança das vítimas fingindo ser padre. Dessa forma ele atraia as vítimas para os locais dos crimes sem despertar desconfiança e essas crianças simplesmente desapareciam. Sem família para procurá-las ou relatar seu desaparecimento, ele continuava a praticar seus crimes impunemente.

Embora ele tenha sido condenado pela morte de 193 crianças, a polícia acredita que o número de crianças estuprada e executadas por “La Bestia” pode beirar a casa dos 300.

À polícia, o serial killer disse que uma “força do mal” o obrigava a praticar os crimes. Garavito foi entrevistado em 2006 e disse que após ser solto pretende se dedicar à política.