A cloroquina segue gerando bate-boca na CPI da Covid

Assim como tem ocorrido, os integrantes da CPI da Covid elevaram o tom durante o depoimento do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, nesta quinta-feira (6). De um lado, senadores oposicionistas e independentes tentavam obter respostas objetivas do ministro e de outro os governistas protestavam dizendo que havia tentativa de direcionar o depoimento da testemunha.

A CPI é composta por sete senadores oposicionistas ou independentes e apenas quatro governistas. Com essa formação, a tendência é de perguntas duras por parte dos oposicionistas, que são a maioria, e da tentativa de reduzir os danos por parte dos governistas. Nesse embate, os ânimos têm se acirrado em todas as sessões da CPI.

Nesta quinta, houve dois momentos de tensão. Em um deles, com a recusa do ministro da Saúde em responder sim ou não à pergunta se concordava com o presidente Bolsonaro sobre o uso da cloroquina, até o presidente da CPI, deputado Omar Aziz (PSD-AM), que costuma apaziguar, entrou na discussão: “Ministro, até a minha filha de doze anos pode responder se sim ou não”.

Em outro, os senadores se desentenderam durante um questionamento do relator Renan Calheiros (MDB-AL) se havia orientação do presidente da República para mudança nas coletivas de imprensa do ministério “como o ex-ministro Teich havia informado ontem”.

Senadores governistas discordaram sobre a fala de Teich. Os senadores Eduardo Girão (Podemos-CE) e Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), governistas, disseram que Teich não havia dito isso e Randolfe Rodrigues (Rede-AM) entrou na discussão para dizer que havia um time na CPI para tentar obstruir os trabalhos. O senador Luiz Carlos Heinze (PP-RS) disse que era do time que defendia prefeitos e governadores e foi acusado de recomendar remédio de animais para humanos, o que ele negou ter feito.

*Com informações do R7.