O município de Coari, localizado a 360 quilômetros de Manaus, está novamente no centro das atenções da mídia nacional, e o alvo ainda é a família Pinheiro, que há anos é responsável por gastos exorbitantes e ilícitos de dinheiro público.
Os esquemas além de envolverem outros membros da família, também beneficiam amigos do prefeito, empresários de outros municípios e de Manaus, a capital do Amazonas.
Durante as investigações e dados do Ministério Público Estadual, (existem quase três mil páginas de processos, entre denúncias, provas e documentos), foram encontrados gastos com combustível, viagens e outros, enquanto a população segue com alto índice de pobreza e carente de serviços básicos, como hospitais e escolas.
Em meio a muitos processos, desde novembro de 2014, Adail Pinheiro, ex-prefeito de Coari, foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) a 12 anos de reclusão pelos crimes de favorecimento da prostituição infantil e exploração sexual.
No lugar dele, como Prefeito, ficou seu filho, Adail Pinheiro Filho, que segundo novas denúncias também segue envolvido em novos escândalos, onde é acusado de utilizar a verba pública em favores pessoais, com uma espécie de “mensalinho” entre os parlamentares de base do grupo do prefeito.
Outra denúncia contra Adail Filho é com a ausência do parlamentar. Um levantamento feito pelo MP mostra que em 2017, Adail ficou fora da Coari por 284 dias. Nos meses de outubro, novembro e dezembro, ele só esteve no município um único dia. Toda essa ausência foi remunerada. Foram pagos a ele quase R$ 300 mil reais em diárias.